Shakyamuni Buda e os Fundadores
O Buda Shakyamuni
O Buda Shakyamuni às vezes é chamado de “Shakuson”, que é uma abreviação de “Shakyamuni” (Sábio da tribo Shakya) e “Seson” (Honrado pelo Mundo).
O Buda nasceu príncipe na tribo Shakya há cerca de 2.500 anos em uma cidade chamada Lumbini, localizada no atual Nepal. Seu nome de família era Gautama, seu nome de batismo era Siddhartha. Como príncipe, ele foi abençoado com uma vida de riquezas. No entanto, estava profundamente perturbado com os problemas de sua vida e saiu de casa aos 29 anos para se tornar um monge. Após seis anos de prática ascética, aos trinta e cinco anos, ele realizou o Caminho em Bodhgaya. Naquela época, ele se tornou o “Buda” (O Desperto). Daquele momento em diante, expôs vários ensinamentos exemplificados pela lei da causalidade, a impermanência de todas as coisas, todas as coisas serem desprovidas de eu, a paz e tranquilidade do nirvana, e toda existência ser sofrimento.
Após sua realização até sua morte em Kushinagara, o Buda continuou suas viagens para pregar o Budadharma enquanto também promovia seus discípulos. A imagem principal da Escola Soto Zen é o Buda Shakyamuni. É porque o Buda Shakyamuni realizou o Caminho e pregou esses ensinamentos, que foram então transmitidos com precisão através das sucessivas gerações por seus discípulos, que hoje também somos capazes de encontrar o Budadarma.
Somos capazes de incorporar a compaixão, sabedoria e alegria do Buda em nosso corpo e mente adorando o Buda Shakyamuni como nossa imagem principal junto com os Três Tesouros (Buda, Dharma e Sangha), bem como vivendo com o esforço correto baseado em seus ensinamentos.
O Buda nasceu príncipe na tribo Shakya há cerca de 2.500 anos em uma cidade chamada Lumbini, localizada no atual Nepal. Seu nome de família era Gautama, seu nome de batismo era Siddhartha. Como príncipe, ele foi abençoado com uma vida de riquezas. No entanto, ele estava profundamente perturbado com os problemas de sua vida e saiu de casa aos 29 anos para se tornar um monge. Após seis anos de prática ascética, ele percebeu o Caminho aos trinta e cinco anos em Bodhgaya. Naquela época, ele se tornou o “Buda” (O Desperto). Daquele momento em diante, ele expôs vários ensinamentos exemplificados pela lei da causalidade, a impermanência de todas as coisas, todas as coisas são sem eu, a paz e tranquilidade do nirvana, e toda existência é sofrimento.
Após sua realização até sua morte em Kushinagara, o Buda continuou suas viagens para pregar o Budadharma enquanto também promovia seus discípulos. A imagem principal da Escola Soto Zen é o Buda Shakyamuni. É porque o Buda Shakyamuni percebeu o Caminho e ensinou esses ensinamentos, que foram então transmitidos com precisão através das sucessivas gerações por seus discípulos, que hoje também somos capazes de encontrar o Budadharma.
Somos capazes de incorporar a compaixão, sabedoria e alegria do Buda em nosso corpo e mente adorando o Buda Shakyamuni como nossa imagem principal junto com os Três Tesouros (Buda, Dharma e Sangha), bem como vivendo com o esforço correto baseado em seus ensinamentos.
Dogen Zenji
Dogen Zenji, o fundador da Escola Soto Zen e de Daihonzan Eiheiji, nasceu em 26 de Janeiro de 1200; durante o Período Kamakura da história Japonesa, no ano seguinte à morte de Minamoto Yoritomo. Diz-se que seu pai foi Koga Michichika, Ministro de Estado, e que sua mãe foi Ishi, filha de Fujiwara Motofusa. Provavelmente, o jovem Dogen Zenji viveu em meio ao conforto. Porém, aos treze anos de idade, ele subiu o Monte Hiei e no ano seguinte raspou sua cabeça e tornou-se monge. Diz-se que ele se tornou monge ao sentir a impermanência do mundo na ocasião da morte de sua mãe, quando ele tinha oito anos de idade.
De todo modo, o Monte Hiei nessa época, às vistas de Dogen Zenji, havia tornado-se decadente em razão de relacionamentos com membros do poder. Entre os monges havia muita ganância mundana por fama e riqueza.
Decepcionado, Dogen Zenji deixou Monte Hiei, em busca do verdadeiro Darma (o verdadeiro ensinamento Budista). Ele visitou templos em diferentes distritos, muito confuso e agitado. No Shobogenzo Zuimonki, Dogen Zenji é citado dizendo: "Eu não era capaz de encontrar um verdadeiro mestre ou de fazer bons amigos do Caminho e consequentemente pensamentos confusos e maus surgiram. Porém, quando aprendi sobre os eminentes monges do passado, compreendi que os pensamentos que eu vinha pensando eram desprezados e odiados por essas pessoas. Por isso eu mudei minha forma de pensar, compreendendo que eu deveria pensar nos meus eminentes predecessores, os grandes monges da China e da Índia, ao invés de pensar nos monges do Japão."
Fiel às suas palavras, ele viajou de barco para a China com a idade de 24 anos em busca do verdadeiro Caminho de Buda. Ainda assim, não havia na China professores que pudessem preencher os ideais puros de Dogen Zenji. Mas quando estava prestes a voltar ao Japão, conheceu Nyojo Zenji no Monte Tendo, onde havia verdadeira prática focada em Zazen.
"Eu sentei em zazen dia e noite. Quando estava extremamente quente ou frio, muitos dos monges paravam de sentar por algum tempo, porque eles tinham medo de ficar doentes. Naquela época eu pensava: Eu não estou doente, e se eu não praticar teria sido inútil para mim vir até a China. Morrer por alguma doença por causa da prática estaria de acordo com o meu desejo inicial e por isso, continuei a sentar" (Shobogenzo Zuimonki) Era a tal ponto que Dogen Zenji se dedicava ao zazen. Muitos monges Japoneses que foram estudar e praticar na China voltavam para o Japão trazendo pilhas de sutras Budistas como souvenirs, mas Dogen Zenji voltou com as mãos vazias. A única coisa que Dogen Zenji trouxe de volta foi tornar seu o ensinamento de Shikan-taza (somente sentar).
Para que pudesse encorajar o maior número possível de pessoas a praticar zazen, Dogen Zenji escreveu o Fukanzazengi (Recomendação Universal de Zazen), no qual cuidadosamente explica o significado de zazen e como praticá-lo.
Mestre Dogen também escreveu Bendowa (Tratado Sobre o Discernimento do Caminho), em formato de perguntas e respostas, no qual ensina que a prática de zazen é o verdadeiro Caminho de Buda. No seu trabalho mais importante, Shobogenzo (Olho Tesouro do Verdadeiro Darma), que se estende por mais de noventa capítulos, Dogen Zenji transmite em profundidade a mente do despertar espiritual.
Em 1243, a convite de seu patrono Hatano Yoshishige, Dogen Zenji deixou Kyoto e se mudou para as montanhas de Echizen. Já foi dito no passado que essa mudança foi devida a pressões dos monges de Monte Hiei, mas também é verdade que ele deixou Kyoto por causa de conselhos de Nyojo Zenji no sentido de "viver no interior das montanhas e vales afastados, protegendo os ensinamentos dos budas e ancestrais."
Em 1244, o mosteiro que foi custeado por Hatano Yoshishige ficou pronto. Inicialmente chamado de Daibutsuji, o nome foi mudado mais tarde para Eiheiji. Esse é o atual Daihonzan Eiheiji.
Foi aqui que Dogen Zenji continuou praticando severamente enquanto educava seus discípulos. Em 1253, ele adoeceu e morreu com 53 anos.
Keizan Zenji
Seguindo Dogen Zenji, a luz do Darma foi transmitida a Ejo Zenji, em seguida para Gikai Zenji, e mais tarde para Keizan Zenji, que foi o quarto ancestral na linhagem da Escola Soto Zen.
Keizan Zenji nasceu em 1264 na Província de Echizen, onde fica atualmente a Prefeitura de Fukui. Sua mãe, Ekan Daishi, era devota de Kannon Bosatsu (Avalokiteshvara), Bodisatva da compaixão. Diz-se que ela estava a caminho de uma pequena capela dedicada a Kannon quando deu a luz. Por esse motivo, o nome que Keizan Zenji recebeu ao nascer foi "Gyosho" (Prática-Vida).
Aos 8 anos de idade ele raspou a cabeça e entrou em Eiheiji, onde ele iniciou sua prática sob o terceiro abade, Gikai Zenji. Aos 13 anos de idade ainda em Eiheiji, foi oficialmente ordenado monge sob Ejo Zenji. Após a morte de Ejo Zenji ele praticou sob Jakuen Zenji em Hokyoji, localizado na atual Prefeitura Fukui. Observando que Keizan Zenji ainda não havia desenvolvido sua habilidade para liderar monges, Jakuen Zenji o escolheu para ser ino, o monge encarregado da prática dos outros monges.
Diferente de Dogen Zenji, que explorava em profundidade o eu interior, Keizan Zenji se destacou ao olhar para fora e espalhar corajosamente os ensinamentos. Para a Escola Soto Zen, os ensinamentos desses dois fundadores estão intimamente conectados. Ao espalhar largamente o Caminho de Buda, um deles tinha um método mais internalizado enquanto o do outro era mais externo.
Depois de anos de prática em Quioto e Yura, Keizan Zenji tornou-se monge residente de Jomanji na Província de Awa (atual Prefeitura de Tokushima). Ele estava com 27 anos de idade. Ao longo dos quatro anos seguintes, ele transmitiu os preceitos Budistas a mais de setenta praticantes leigos. A partir disso é possível compreender o voto de Keizan Zenji de libertar todos os seres através do ensinar e transmitir o Caminho.
Ele também se destacou ao enfatizar a igualdade entre homens e mulheres. Encorajava bastante suas discípulas a tornarem-se monjas residentes. Em uma época na qual as mulheres eram injustamente marginalizadas, essa atitude foi pioneira. Acredita-se que essa tenha sido a origem da organização das Monjas da Escola Soto Zen, e foi por esse motivo que muitas mulheres se refugiaram em Buda, Darma e Sanga.
Keizan Zenji voltou finalmente a Daijoji, na atual cidade de Kanazawa, onde se tornou o segundo abade, seguindo Gikai Zenji. Foi nesse templo onde proferiu os teishos sobre o Denkoroku (Anais da Transmissão da Luz). Esse livro explica as circunstâncias através das quais o Darma foi transmitido de Shakyamuni Buda para os vinte e oito ancestrais na Índia, para os vinte e três ancestrais na China, para Dogen Zenji e Keizan Zenji no Japão, até o professor de Keizan, Tettsu Gikai.
Em 1321, aos 58 anos de idade, um templo chamado Morookaji em Noto (atual Prefeitura de Ishikawa) foi doado a Keizan Zenji e ele o rebatizou de Sojiji. Essa é a origem de Sojiji em Yokohama, que é, junto a Eiheiji, Daihonzan (Templo Sede) da Escola Soto Zen.
Keizan Zenji nunca, de maneira alguma, fez pouco dos interesses mundanos das pessoas comuns, e além da prática de zazen fazia orações, rituais e serviços memoriais para ensinar. Isso atraía muitas pessoas e dava a elas uma sensação de paz. Por esse motivo a Escola Soto Zen se expandiu rapidamente.
Mesmo na Escola Soto Zen de hoje, quando todos os templos têm grupos de zazen para servir aos pedidos sinceros dos praticantes, também fazem o seu melhor para atender os pedidos que muitas pessoas fazem para que tenham beneficios em sua vida diária, o que inclui serviços memoriais e funerais.
Keizan Zenji morreu em 1325 com 65 anos de idade. Nos anos seguintes, seus discípulos fizeram um excelente trabalho em assumir Sojiji, na península de Noto. Mesmo assim, o templo foi destruído por um incêndio em 1898. Isso deu a oportunidade para que, em 1907, Sojiji fosse transferido para a sua atual localização. O templo antigo foi reconstruído e nomeado Sojiji Soin e continua hoje com muitos mantenedores e adeptos.

A imagem de Shakyamuni Buda.

Dogen Zenji (1200-1253)

Keizan Zenji (1264-1325)
Fonte: www.sotozen.com
